Crowdtest – Minhas impressões

Nos últimos anos surgiram plataformas que utilizam o “poder das massas”. Essas plataformas são chamadas de crowdsourcing, e muitas delas são focadas no financiamento de projetos, como por exemplo o famoso KickStarter e a “versão” brasileira Catarse.me.

Nessa onda de crowdsourcing nasceu o Crowdtest em 2010, criado pela empresa mineira Base2 Tecnologia. O Crowdtest se apoia no crowdsourcing para fornecer serviços de Teste de Software. O seu foco é “organizar mão-de-obra disponível na Internet para execução de testes”.

Participei recentemente de um projeto no Crowdtest, mas antes de falar da minha impressão sobre a plataforma. Vou explicar como ela funciona.

Primeiro é bom entender que a Crowdtest faz a interface entre os Testadores e os clientes. O cliente cadastra o projeto no site e a equipe da Crowdtest monta a equipe de Testadores, avisando os Testadores já cadastrados no site.

Após montada a equipe, o projeto tem início e os Testadores testam os projetos com o objetivo de encontrar bugs. Cada bug encontrado é validado pela equipe da Crowdtest em conjunto com o cliente, e caso aprovado irá render uma remuneração ao Testador, de acordo com o tipo de bug encontrado (interface, funcional e impeditivo).

Eu participei do projeto de teste do novo portal da Natura e foi um experiência bem interessante, pois além de Testador, tenho a Vizir, portanto olhei o Crowdtest das duas perspectivas.

Primeiro vou falar da perspectiva de Testador.

A primeira coisa que me impressionou foi o profissionalismo. Logo que você entra no projeto de teste, há uma página informando detalhes do projeto. Nela é bem explícito os objetivos do teste e quais áreas que o Testador deve ter mais foco.

Uma vez ciente das informações de acesso e dos objetivos, vamos à diversão, ou melhor, aos testes. Aí é hora de arregaçar as mangas e fazer o máximo de testes exploratórios que você puder.

A cada bug encontrado, você primeiro pesquisa se o mesmo, já não foi encontrado por outro testador. Se o bug é “novinho em folha”, você cadastra todas as informações dele, e cadastra de forma bem completa, informando todos os dados necessários para o pessoal da Crowdtest poder reproduzir e identificar a ocorrência.

E qual a graça disso tudo, você pode está se perguntando? Bem, se você é Testador e gosta do que faz, só o fato de existir um sistema que acabou de nascer, já basta para você fazer uma boa “caça”. Mas brincadeiras à parte, o que eu achei interessante, foi que o Crowdtest te permite ter uma experiência real no mundo do Teste de Software, pois mesmo se você não estiver nessa área, o “reporte” de outros bugs irão te ensinar como fazer um bom “reporte” e dá dicas de onde procurar por bugs. Além disso, ao cadastrar o bug e ele ser aceito pela equipe da Crowdtest (eles verificam se não há duplicidade no bug e se ele realmente ocorre para poder validá-lo), você recebe uma remuneração.

Agora da perspectiva da empresa, a Crowdtest surge como uma boa alternativa para estressar o sistema que está para ser lançado.

Aqui na Vizir por exemplo, nós não temos uma equipe dedicada exclusivamente para os testes, portanto ter a rede de pessoas que a Crowdtest tem, testando sistemas que desenvolvemos em fase beta, seria uma boa opção. Uma vez que isso iria reduzir o número de bugs que nossos clientes encontrariam na realização de seus testes.

Principalmente para sistemas que vão alcançar um grande público, como por exemplo o próprio portal da Natura, usar a plataforma da Crowdtest faz com que o sistema seja testado por centenas/milhares de Testadores usando diferentes sistemas operacionais (mobile e desktop) e versões de navegadores. Só esse fato por si só, já te dá um feedback do nível de interoperabilidade do seu sistema.

Resumindo, a Crowdtest é uma ótima forma de você profissional de Teste de Software, viver experiências novas. E para você que está lançando um novo site/sistema/app, seja mobile ou web, aí está uma boa forma e a baixo custo, de você reduzir surpresas em suas apresentações para o cliente ou até mesmo em produção.

Para saber mais sobre o Crowdtest, veja o blog dele: http://crowdtest.me/crowdtest/

Testando em vários IEs com o IETester

No melhor da semana dos dias 13/12 a 19/12, eu compartilhei o link de uma ferramenta bem interessante e que pode ser bem útil para quem faz testes de sistemas Web.

Hoje vou falar um pouco mais sobre ela, mas antes disso é bom entender o porquê da existência dela e do seu uso.

O problema

Aliás, um grande problema para quem desenvolve sistemas Web, é garantir que ele tenha o mesmo comportamento, independente do navegador que o usuário esteja utilizando. E implementar isso é muito difícil, pois cada navegador tem características diferentes, por utilizarem Layout engines e JavaScript engines diferentes.

Como eu disse, esse é um grande problema, porém quando você pensa que as coisas não podem piorar, a lei de Murphy se mostra presente. E podemos resumir isso em duas palavras: Internet Explorer.

E além do Internet Explorer ser um navegador problemático, por usar (e só ele usar) o Trident, como layout engine, e o JScript, como JavaScript engine, os seus usuários não tem a mesma cultura de atualização do navegador como a dos usuários de outros navegadores, o que é um dos motivos por ainda termos que nos preocupar com o IE6 (argh!) e o IE7, além é claro da versão atual, o IE8.

E cada versão do Internet Explorer tem características diferentes e a mais horrível problemática é a 6, que até o Google já desistiu dela.

E se desenvolver já é um problema, imagina só testar!

E nós somos os responsáveis por realizar os testes de portabilidade (a portabilidade é um dos atributos de qualidade da ISO/IEC 9126), que tem como objetivo verificar o comportamento do sistema em navegadores diferentes, ou seja, a capacidade do sistema ser transferido de um ambiente para outro.

As soluções

Há várias formas de contornar esse problema desde a utilização de virtualização até ferramentas que emulam as diferentes versões do Internet Explorer (há até um site que abre a sua página em vários navegadores com diferentes SOs, o BrowserShots).

Eu sempre que precisei realizar testes de portabilidade , optei por usar máquinas virtuais, pois acho mais confiável e precisava testar até usando o Windows XP em japonês. 🙂

O IETester

O IETester é uma das ferramentas  que emulam o Internet Explorer (há também o MultipleIEs). Ele é um navegador que permite a mesma renderização e processamento de JavaScript do IE5.5, IE6, IE7 e o IE8, utilizando as várias versões da engine Trident e JScript.

O IETester é bem intuitivo e simples, é só escolher uma das versões do Internet Explorer, disponíveis na Ribbon (Faixa de Opções), e informar a URL, ou ainda você pode abrir uma URL em todos os IEs (do 5.5 ao 8).

Ele está em versão alpha, e pode ser baixado gratuitamente no site da DebugBar:

http://www.my-debugbar.com/wiki/IETester/HomePage

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O Twitter como meio de comunicação interna

Acredito que a maioria de vocês devem saber da existência, de um tal de Twitter, mas ainda não descobriram uma real utilidade para ele.

De tanto ouvir falar desse Twitter, resolvi ver o que o pessoal tanto faz com nele. E acabei descobrindo que a maioria dos twitteiros (usuários do Twitter) utiliza-o para fazer um auto Big Brother (coisa de doido, neh não!?), principalmente sendo um auto Big Brother da vida pessoal (privacidade é luxo).

Porém, de repente, pensei numa possível utilidade para o Twitter: usar ele para comunicação interna. Afinal, a comunicação interna é de extrema importância em qualquer empresa, e se houver uma nova maneira de torná-la mais dinâmica e acessível, melhor será.

Mas aí surgiu um problema, esse canal de comunicação deve ser privado, e o Twitter é público.

E pesquisando para ver se há alguma maneira de tornar o Twitter privado, descobrir que ele tem uma opção para proteger os meus tweets (nome dado a cada mensagem postada no Twitter). Pronto problema solucionado!

Até começamos a brincar um pouco com ele na empresa. E as primeiras impressões foram boas.

Depois pesquisando um pouco mais sobre o Twitter, encontrei um “irmão” dele, o Yammer, um Twitter para empresas.

Sensacional! O Yammer atingi melhor o objetivo de servir como um meio de comunicação interna, e é mais seguro do que o Twitter.

Ainda não estamos utilizando para valer o Yammer aqui na empresa. Mas acredito que ele possa ajudar na nossa comunicação interna.

Ahh…também acabei entrando nessa onda de Twitter, nele estou falando de tudo um pouco (menos fazendo um auto Big Brother), se alguém quiser conferir, ou melhor me seguir, abaixo se encontra o endereço do meu Twitter pessoal: 🙂

http://twitter.com/FabricioFFC

Dica

Para acompanhar as pessoas e twittar (verbo, ação ou efeito de postar alguma coisa no Twitter), há uma excelente extensão para o Firefox, o TwitterFox, que pode ser obtido no link abaixo:

https://addons.mozilla.org/pt-BR/firefox/addon/5081

Saiba mais

Sobre o Yammer

http://www.yammer.com/

http://www.twitterbrasil.org/2008/10/30/um-twitter-para-empresas/

Sobre o Twitter

http://www.twitterbrasil.org

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Revistas sobre Teste e Qualidade de Software

Abaixo apresento 5 revistas que trazem interessantes artigos sobre Teste e Qualidade de Software, todas elas podem ser obtidas de forma gratuita em seus respectivos sites:

Engenharia de Software Magazine: O grupo DevMedia lançou em Março deste ano a revista Engenharia de Software Magazine (ES Magazine), cujo foco é preencher  uma  lacuna que  existe  no mercado  editorial  brasileiro  –  Engenharia  de  Software Aplicada. O seu objetivo é  levar ao mercado brasileiro de desenvolvimento de software conceitos e práticas associadas ao uso da engenharia de software. A primeira edição da ES Magazine, que pode ser baixada gratuitamente no site, traz em sua capa “Qualidade de Software”, abordando o tema de forma muito clara e didática. (download)

Professional Tester: Embora a sua publicação tenha sido encerrada, em Março de 2006, o site da revista ainda opção de download das edições 14 à 18 e dos artigos da edições 21 e 22. Ela foi umas das primeiras revistas a ter como foco a área de Testes de Software. (download)

Software Test & Performance: Lançada em 2004, pela BZ Media LLC (que também produz a SD Times e a Systems Administration News), a Software Test & Performance traz mensalmente excelentes artigos sobre o que há de mais atual na área de Qualidade e Teste de Software. (download)

TE – Testing Experience: A TE – Testing Experience teve o seu lançamento em Março de 2008, reunindo artigos de profissionais experientes e bem conhecidos da Europa. Ela aborda de uma maneira bem abrangente a área de Qualidade e Teste de Software. E está em sua segunda edição e já atingiu mais de 75.000 leitores pelo mundo todo, sendo produzida por uma comunidade de autores, que está sempre aberta a novos profissionais, do mundo todo, que queiram contribuir com novos artigos. (download)

What Is Testing Magazine: What Is Testing é a primeira revista sobre Testes de Software da Índia, um dos maiores pólos de TI do mundo. Seu lançamento foi realizado em Abril deste ano, com a proposta de trazer artigos de autores do mundo todo. (download)

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Fonte:

DevMedia. Editorial. Engenharia de Software Magazine, Brasil, Ano 1 – 1ª Edição  2007.

http://www.professionaltester.com/

http://www.stpmag.com/

http://www.testingexperience.com

http://www.whatistesting.com

Padrão de nomes de componentes

Quantas vezes escrevendo um caso de teste ou reportando um bug, a gente não acaba se esquecendo do nome de um determinado componente ou até confundindo com outro. E em equipes de Teste de Software, é muito comum uma pessoa acabar citando o componente de maneira diferente da outra. O que acaba resultando na falta de padronização e até pode comprometer o entendimento do desenvolvedor, que por sua vez, está acostumado a tratar o componente utilizando outro nome.

Tendo em vista evitar tais situações, montei uma galeria de imagens, que apresenta os nomes dos componentes mais utilizados em aplicações Web, espero que sirva de ajuda:

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